
Chega ao fim o racionamento de água no DF. Nesta sexta-feira (15/06), será decretado o fim da medida adotada pelo governo para suprir a falta de água. Foram 1 ano e 4 meses de racionamento decretado pelo governo local, revezando cortes pela cidade, para contingenciar a escassez deste recurso tão precioso. Para se ter uma ideia, no último mês de novembro o reservatório do Descoberto, principal meio de abastecimento do DF, chegou a registrar um volume de 5,3%, o menor da história. Neste tempo, foi preciso mudar hábitos e se conscientizar sobre a economia.
Neste período surgiram soluções para driblar a crise de maneira inteligente e sustentável. O empresário Ricardo Pereira viu então uma oportunidade de oferecer uma solução para problema e criou a startup Lavô, um aplicativo de lavagens a seco de forma delivery. No processo não é gasto uma gota sequer de água, ao invés disso uma cera ecológica de carnaúba consegue desfragmentar e remover toda a sujeira.
“Quando nos deparamos com um problema ao invés de só lamentar, precisamos refletir como podemos resolver. Fiz uma pesquisa de modelos de lavagem nos Estados Unidos e no Brasil e conseguimos oferecer uma solução que, além de otimizar o tempo do cliente, atende a uma questão social e econômica”, explica Ricardo.
Para se ter uma ideia, uma lavagem de carro gasta, em média, 300 litros de água. Isto é o que 3 pessoas gastariam para consumo e higiene pessoal em um dia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. A Lavô colocou na calculadora e os números são espantosos: a água economizada pela empresa por mês seria o suficiente para abastecer 1.600 famílias.
O impacto das lavagens de veículos é tão grande que em março deste ano foi sancionada uma lei que proíbe o uso de água nestes processos. A partir do ano que vem, todas as empresas terão de encontrar soluções ecológicas como a da Lavô. Isto porque a frota do DF cresce a cada dia e, até o ano passado, era um pouco mais de 1,7 milhões de veículos registrados na capital federal.
“Se temos como economizar a água em questões supérfluas, por que não fazê-la? Se não tomarmos atitudes como esta, faltará água para as necessidades básicas e não estamos falando de um futuro distante, mas de um presente emergencial”, destaca Ricardo.
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