QUEM NÃO SE COMUNICA SE INTRUMBICA

 




Tenho me perguntado de forma recorrente o que leva as pessoas a desistirem de um relacionamento e não raro nos atendimentos que faço junto às famílias que atendo nas mediações, vejo que um grande desafio é a comunicação dentro de casa. Isso perpassa por vários aspectos indo desde os mais singelos como uma comunicação truncada ou seja, aquela em que não deixamos claro o que queremos até a casos de total ausência de comunicação, ou mesmo de uma comunicação violenta. A que se notar que as pessoas estão cada vez mais presas ao virtual, esquecendo-se que a vida é real, física. Necessitamos demais do carinho, do toque, de um olho no olho, isso nunca foi tão desejado quanto nos últimos tempos, pelo menos eu sou à moda antiga, gosto desses pequenos gestos que demonstram o quanto nos importamos com o outro. Fora isso, temos que levar em conta que dentro do mesmo teto convivem pessoas com histórias de vida diferentes que estão ali vivendo sobre o mesmo teto, na busca de construir uma nova história comum. No meio disso temos os filhos que muitas vezes diante dos conflitos são deixados à parte em nome de interesses e sentimentos que nem sempre são os mais nobres. E o quanto eles sofrem, sendo danoso para eles serem criados em um lar onde não há harmonia.
E fica a dica aqui de que podemos transformar isso, só depende de uma mudança de postura da nossa parte. É importante que possamos também nos comunicar conosco mesmo, nos compreender para depois poder exercer com o outro. É se preocupar menos com o outro, com o que ele faz ou deixa de fazer, com o que ele é e voltar o olhar para nós. 
O outro nós ainda não temos ingerência, mas em nós sim e é libertador quando percebemos que quando estamos dispostos a nos mudar, nos trabalhar, isso implica também em uma melhoria de todo o sistema, e o outro, aquele... Aquele que queríamos ter o dom de mudar, acaba se modificando também.
Por isso, olhe com carinho e empatia para os que estão a sua volta, os mais próximos mesmo, esses são seus aliados nesse processo.
Se de tudo tiver que passar por um rompimento, ao menos seja grato ao que a pessoa ensinou enquanto estiveram juntos e sobretudo não deixe que a decepção se estenda aos filhos para que cresçam com uma boa saúde emocional.  

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