A exposição pode vir a ser causa de conflitos? Como mudar esse cenário?

  Em um mundo onde hoje as redes sociais são o principal canal de comunicação entre as pessoas, cabe ressaltar também os riscos da exposição de mídias entre crianças e jovens.

 Principalmente com a chegada da Inteligência Artificial vemos que usadas por aqueles que ainda não tem o completo discernimento de suas atitudes, a mesma se mal utilizada pode ser comparada a uma arma para destruição da autoestima desse público infanto juvenil.

 Hoje é muito fácil pegar fotos ou vídeos e manipulá-los e compartilhando esse resultado nas redes sociais, afetando assim o psicológico dos envolvidos, que expostos de uma forma inadequada têm sua imagem publicamente abalada.

Os pais dessa nova geração têm como missão também conscientizar os filhos a evitarem o compartilhamento de fotos via aplicativos ou plataformas, assim como monitorar as redes sociais dos filhos, gerenciando as interações feitas.

  Ainda assim, não temos uma legislação robusta com penalidades para os crimes virtuais, e nem para o cyberbullying, porém já vi decisões que em sede de indenização cível, os pais do jovem que praticou o bullying foram condenados a pagar uma indenização à vítima, que teve sua imagem manipulada divulgada em um grupo de WhatsApp dos colegas de turma.

 Bom, fica então o alerta de conscientizar sobretudo os jovens, nossos filhos, que os atos por eles praticados podem ter consequências, que vão inclusive, muito além da esfera administrativa escolar, porém podem ter consequências na esfera penal e na esfera cível.

  Cabe à escola também adotar campanhas de conscientização do prejuízo que isso pode trazer para a saúde mental dos envolvidos trabalhando em parceria com as famílias.

         Não dá para levarmos tudo como uma mera brincadeira juvenil, pois para quem sofre essa exposição, seja através de imagens ou de textos que publicamente possam causar constrangimento e abalar o psicológico da vítima, trazem sim consequências graves e muitas vezes inimagináveis.

         Muitos de nós da geração que já passou dos cinquenta, sofremos em algum momento da nossa infância e juventude, algum tipo de violência com os apelidos a nós conferidos, uns souberam lidar, outros já, carregaram traumas para a vida adulta, se sentindo inadequados e não pertencentes ao seio social.

      Uma ferramenta boa para levarmos nossos jovens a desenvolverem a empatia, é a ferramenta da inversão de papéis, para que ele se transporte para o lugar de quem sofre a violência. Olhando desse lugar pode ser que atitudes assim possam ser minimizadas ou até quem sabe evitadas. 

A imagem do presente artigo foi retirado do jornal o Estado de Minas 

link:https://www.em.com.br/app/noticia/saude-e-bem-viver/2023/07/03/interna_bem_viver,1515348/cyberbullying-como-proteger-criancas-e-adolescentes-das-redes-sociais.shtml                  

COMENTÁRIOS

Postagem Anterior Próxima Postagem