Bullying: o que está por trás?
Trabalhando
com a área de mediação de família e facilitando também as Oficinas de
Parentalidade tenho verificado que muitas famílias que se encontram em situação
de conflito, vindo de um fim de relacionamento, narram também dificuldades
comportamentais dos filhos no ambiente escolar.
Ora, afinal de
contas temos que de fato os filhos se espelham nos pais, e estes vivenciando um
contexto de violência, tendem a reproduzir o que veem nos ambientes em que
estão inseridos, prioritariamente no ambiente escolar.
Assim cabe às
escolas estarem atentas a certos tipos de comportamentos e verificar com as
famílias o que pode estar contribuindo para esse comportamento inadequado.
Sabemos que
para muitos não é fácil abrir sobre a vida privada, familiar, porém é
importante que haja uma troca de informações para que a criança ou o
adolescente possa receber na “outra ponta” ajuda para a situação conflitiva que
vem vivenciando.
É fato que
isso não acontece somente quando a família está passando por algo mais robusto,
como um divórcio, mas quando passa também por alguma situação de conflito em
que os filhos acabam sendo inseridos de alguma forma.
Assim para trabalhar
questões comportamentais no ambiente escolar, precisamos ter uma visão mais
ampla de que possivelmente algo não está bem também no ambiente familiar do aluno,
e quando possível dialogar de forma aberta no sentido de verificar a situação
por ele vivenciada.
Atos de
violência, refletem algum tipo de necessidade não atendida. Assim conscientizar
sobre a importância do se autoconhecer e ter inserida dinâmicas, brincadeiras e
outra abordagens que falem sobre gestão de emoções, é fundamental nesse
processo.
Assim como a
capacitação dos professores que estão na linha de frente para lidar com essas
dificuldades de comportamento, e não só quando estamos diante de crianças
portadoras de necessidades especiais.
Nesses casos
também existe uma necessidade importante de escuta, de atenção, que talvez face
ao conflito vivenciado em casa, não esteja podendo ser atendida e aí a violência
manifesta-se como uma forma de chamar atenção para esse problema.
Algumas
escolas particulares já perceberam a importância desse investimento e têm implementado
programas que abrangem esse conhecimento socioemocional também.
Porém, essa
infelizmente é uma realidade bem distante da maioria dos alunos, principalmente
dos que estudam na rede pública de ensino.
Assim, trazer
à reflexão esse tema, tem sido de fundamental relevância para tentar
minimamente lançar um olhar sobre esses menores, que muitas vezes não conseguem
ser percebidos nem no seio familiar, nem no ambiente escolar, e
que carregam consigo uma série de questões internas para serem trabalhadas.
Se o adulto,
muitas vezes não consegue lidar bem com os conflitos que vivencia, que dirá as
crianças e os jovens, sendo essas questões importantes de serem pontuadas e
aclaradas, como uma forma de reflexão, inclusive, para as famílias que muitas
vezes sem se dar conta negligenciam seu papel de formar filhos melhores para o
mundo.
Então se você
leitor refletiu sobre essa situação e vem me acompanhando, já manda para alguém
que seja útil essa reflexão.
Se não me
acompanha ainda já me siga para mais conteúdos como esse.
A paz que
queremos no mundo, depende de pequenas ações de cada um de nós. O que você está
fazendo para contribuir com ela?
Por Marcia Barros
@mbconexaoqueinspira
Sobre a imagem extraída: Facebook lança página para combater o bullying com conteúdo em português (Foto: Divulgação / Facebook) — Foto: TechTudo
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