Ao longo de sua participação no programa, ministro do Empreendedorismo detalhou maneiras para que a categoria acesse linhas de crédito para alavancar e impulsionar seus negócios.Márcio França durante participação no programa Bom Dia, Ministro desta quinta-feira, 30 de janeiro - Foto: Diego Campos/Secom/PR
Zurante participação no programa “Bom Dia, Ministro” desta quinta-feira, 30 de janeiro, o ministro Márcio França (Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte) destacou a importância de desburocratizar o acesso aos recursos destinados aos empreendedores, às microempresas e às empresas de pequeno porte.
“Estamos falando, inclusive, com os prefeitos, para incentivar a criação de salas de empreendedores para que a prefeitura colabore orientando os empreendedores a irem aos bancos, talvez até o da prefeitura, para facilitar essa entrega do Cartão MEI”
Márcio França
Ministro do Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte
Um dos destaques da entrevista foi o Cartão MEI, um cartão de crédito e débito, sem anuidade e exclusivo para o Microempreendedor Individual (MEI), que fortalece e apoia o segmento, promovendo formalização, facilitando operações comerciais e contribuindo para a sustentabilidade dos pequenos negócios, servindo como identificação dos microempreendedores. Uma das novidades é a impressão de um QR Code no plástico para acesso facilitado ao Portal do Empreendedor.
“Estamos falando, inclusive, com os prefeitos, para incentivar a criação de salas de empreendedores para que a prefeitura colabore orientando os empreendedores a irem aos bancos, talvez até o da prefeitura, para facilitar essa entrega do Cartão MEI”, afirmou. “Fazemos a distribuição, por enquanto, só pelo Banco do Brasil, mas vamos fazer com a Caixa Econômica Federal, com outros bancos que quiserem e, ainda este ano, vamos fazer o cartão nosso do Governo Federal e entregar para as pessoas, porque nosso objetivo é que todo mundo tenha, já que é um benefício para as pessoas”.
França reforçou que o objetivo é ampliar o acesso dos empreendedores às linhas de crédito promovendo a digitalização dos serviços oferecidos por meio de programas federais. “Para 2025, queremos trazer o Portal do Empreendedor e inserir os dados de todos os empreendedores do Brasil dentro desse portal, ter todos os apps para falar com ele e comunicar os benefícios que ele tem diretamente. Porque a forma que a gente tem de comunicação antiga nem sempre é aquela que a pessoa está acostumada a ouvir. Ela está no celular, a pessoa recebe tudo no automático. Vamos facilitar a vida das pessoas pelo mundo digital com qualificação, educação e digitalização”, garantiu.EMPRESAS DE
TECNOLOGIA — As startups também estão dentro do Governo Federal. As cooperativas também estão dentro do governo. Os autônomos estão dentro do ministério. Quer dizer, embora seja um ministério novo, ele abrange temas muito concretos, como é o caso das startups que têm surgido no Brasil inteiro e nós queremos lançar editais, inclusive, porque muita gente lança um plano digital de modernidade, mas depois aquele programa fica meio encostado num canto qualquer e não tem para quem vender. Então, o governo quer também fazer uma espécie de chamamento para dar a vocês, que mexem com tecnologia, a demanda que nós precisamos e, se vocês tiverem capacidade, vocês produzem e nós compramos.
ACORDO COM AMAZON — A gente já esteve com praticamente todos os grandes semelhantes à Amazon. Fomos, inclusive, à China, para ver e conversar com eles, porque o nosso objetivo é fazer com que os brasileiros possam vender. A Amazon e todas as outras, a Kwai, essas todas, permitem você vender para o Brasil todo. Então é claro que você amplia muito os seus negócios. Tem que ter algum grau de exigência, é evidente que ela cobra, existe um sistema lá que você pode deixar para ela entregar ou ela pode buscar na sua casa, embrulhar e levar para entregar. Faz isso também internacionalmente. Então você pode fazer isso para outro país. E você não precisa falar inglês, você não precisa conhecer sobre exportação, porque ela pega o seu produto na sua casa, embrulha, prepara a sua venda, coloca nos Estados Unidos, pega o dinheiro em dólar, transforma e depois devolve na sua conta.
COMPRA COM CASHBACK — A partir da Reforma Tributária podemos fazer emergir um outro país. Todo mundo aqui fica um pouco “Ah, nos Estados Unidos a coisa funciona assim, tudo funciona”. Sim, funciona, só que lá, para efeito de sonegação, eles são muito rigorosos, muito rigorosos. E aqui existe uma certa informalidade que foi, ao longo dos anos, ficando. E, com a reforma, já não dá para ser assim, porque a reforma vai premiar, privilegiar quem está oficializado com o cashback (devolução de uma porcentagem do pagamento). Vai ter um cashback para quem compra, vai ter um pedaço da devolução e, naturalmente, a pessoa vai falar o CPF e só vai querer comprar de você porque quer o cashback de volta para ela. Então, é uma tarefa e essas pessoas são quem podem ajudar o Brasil a continuar crescendo.
CARROS ELÉTRICOS — Se você pensar em trocar todos os carros que hoje fazem serviços de entrega e de transporte, os aplicativos de mobilidade, por carros elétricos, é evidente que ele vai economizar na gasolina, porque o carro elétrico é mais barato e para pequenas distâncias dá. Mas se o motorista não tem os R$ 100 mil, nós temos o valor. Então, se ele estiver regularizado, conseguimos emprestar para ele. E isso faz girar a cadeia produtiva toda, porque, naturalmente, a indústria tem que produzir mais.
MEIs ESPECÍFICOS — Há um MEI específico, que é o MEI de caminhoneiro, que deu um grande resultado. Com ele, o caminhoneiro paga um pouco a mais e nós regularizamos os caminhoneiros do Brasil inteiro. Agora nós estamos com outro MEI, que é o MEI do Salão de Beleza, o Salão Solidário, que é um sucesso. Antigamente tinha um monte de ação trabalhista. Agora é possível fazer uma negociação direta entre o dono do salão e a moça que vai cortar, o rapaz que vai cortar, e fazer um acordo sobre o uso da cadeira. E cada um paga um pedaço da previdência. Deu um super resultado. É isso que a gente quer fazer também agora com relação à questão dos entregadores e dos motoristas de aplicativo, para que a gente tenha todo mundo regularizado.CARROS ELÉTRICOS — Se você pensar em trocar todos os carros que hoje fazem serviços de entrega e de transporte, os aplicativos de mobilidade, por carros elétricos, é evidente que ele vai economizar na gasolina, porque o carro elétrico é mais barato e para pequenas distâncias dá. Mas se o motorista não tem os R$ 100 mil, nós temos o valor. Então, se ele estiver regularizado, conseguimos emprestar para ele. E isso faz girar a cadeia produtiva toda, porque, naturalmente, a indústria tem que produzir mais.
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