Déficit de 48% de profissionais agrava cenário em regiões como Ceilândia e Planaltina, com espera de até três anos por consultas; parcerias com instituições de ensino, como a Afya Educação Médica, apontam caminhos para ampliar a rede de atendimento.
A pediatria na rede pública do Distrito Federal enfrenta um desafio. Segundo dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, a região conta, atualmente, com 475 pediatras ativos, o sistema opera com déficit de 48% – seriam necessários cerca de 920 profissionais para atender à demanda. Em regiões como Ceilândia, Planaltina, Sobradinho e Taguatinga, a carência de especialistas afeta até os casos mais urgentes.
Na rede pública do DF, a média de espera por uma consulta pediátrica é de 85 dias. Já em subespecialidades como a neuropediatria, a espera pode chegar a três anos. “Nós trabalhamos com janelas de oportunidades. Quando uma criança com até seis meses precisa de um neuropediatra e essa consulta leva três anos, perdemos a chance de tratar adequadamente. Em casos cirúrgicos indicados até os dois anos, por exemplo, o atraso compromete todo o plano terapêutico”, explica a pediatra e professora da Afya Educação Médica de Brasília, Dra. Isabela Pires.
Diante dessa realidade, iniciativas de instituições de ensino e pós-graduação médica têm colaborado para aliviar a demanda no sistema público. A Afya Educação Médica é um exemplo: a unidade de Brasília realizou em 2024, somente na área de Pediatria, 143 atendimentos em Pediatria Geral, 129 em Neuropediatria e 24 em Endocrinologia Pediátrica.
Segundo o diretor da unidade, Stephan Filippo, a proposta dos atendimentos vai além do cuidado médico. “O atendimento é realizado às sextas e aos sábados, mediante agendamento e encaminhamento médico. Durante a consulta, a saúde do paciente é avaliada por professores especialistas e médicos em fase de especialização, que, juntos, definem as melhores condutas e tratamentos", explica o diretor.
A atuação da Afya Educação Médica no Distrito Federal exemplifica como a integração entre ensino e serviço pode contribuir para soluções estruturais na saúde pública. “Essa é uma das possíveis estratégias para desafogar o SUS e diminuir o tempo de espera. Parcerias entre Hospitais de Ensino, Unidades Básicas de Saúde e instituições privadas podem ampliar o acesso, com mais atendimentos, exames e suporte multidisciplinar à população”, completa a Dra. Isabela.
Serviços
Na Afya Educação Médica, em Brasília, o atendimento é realizado mediante encaminhamento médico, que deve ser enviado pelo WhatsApp para o número (61) 99168-0605. Algumas especialidades têm fila de espera, mas o agendamento costuma ser feito em até 30 dias após o envio do documento. Os procedimentos são gratuitos, e a clínica solicita, de forma voluntária, a doação de 1 kg de alimento não perecível, que será destinado a instituições locais.
Sobre a Afya
A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo "Valor Inovação" (2023) como a mais inovadora do Brasil, e "Valor 1000" (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio "Executivo de Valor" (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br.
Por: Eduardo Viana
eduardo.viana@midiaria.com
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