A violência no âmbito escolar, um alerta à importância da parceria: família e escola.

                                                                                            imagem retirada da página:  https://jornadaedu.com.br  

Dentro do contexto da minha atuação dentro do Tribunal de Justiça como mediadora judicial, verifico que existe uma grande correlação entre o aumento da violência intrafamiliar, que tanto pode ser uma violência num grau mais ostensivo, com agressões físicas, como pode também ser uma violência mais sutil no âmbito do psicológico, mas que da mesma forma causa danos aos que ali habitam.

Levando em consideração esse aumento, podemos constatar que essa violência acaba repercutindo também onde esses menores também estão inseridos, ou seja, no ambiente escolar.

Vejo ainda que existe uma dificuldade de delimitar o que é papel da escola e o que é da família, no quesito educação, porém penso que responsabilizar um ou outro pelo problema não resolve o cerne, acaba contribuindo sim para que isso continue se perpetuando e de forma cada vez mais frequente.

Já se foi o tempo que a escola deveria se entender como um lugar destinado apenas à transmitir conteúdo teórico, pedagógico.

Penso que hoje as escolas que não se atentarem para o fator humano, com projetos e ações que possam contribuir para um melhor entrosamento entre os alunos, e até entre eles e o corpo docente, não tem como prosperar.

Assuntos como violência, bullying, estão estritamente ligados à algumas questões de violências intrafamiliares.

A difícil percepção desse contexto é que muitas vezes essa violência não acontece de forma ostensiva, mas de forma velada, num âmbito muito subjetivo.

Assim trabalhar com as crianças temas como gestão das emoções, autoconhecimento, CNV, seja de forma regular ou mesmo em ações pontuais, se fazem de fundamental importância para que se tenha um ambiente escolar mais sadio também.

Podemos dizer que quase todo ato violento, surge a princípio de uma necessidade não atendida e isso vale para todos indistintamente adultos, jovens e crianças também.

Temos visto que muitos pais estão sobrecarregados com a rotina corrida de hoje, e já temos até um termo deveras interessante, chama-se: “burnout parental” e esse é um fator também que em algum aspecto tem contribuído para que algumas crianças e jovens apresentem algum tipo de comportamento diferente no ambiente escolar.

Por isso que essa parceria entre em escola e família é tão importante para que juntos mapeiem e possam agir no cerne da questão, não buscando soluções simplistas, mas tentando alcançar a causa e acionar as redes competentes, se se tratarmos de uma instituição publica ou fazer os encaminhamentos e sugestões para as famílias da rede privada.

                O que importa é que não se pode fechar os olhos para o que anda acontecendo e que juntos escola e família tem maiores chances de colaborando um com o outro chegar a uma boa resolução, atuar de forma mais precisa para resolver as questões que se fizerem necessárias. 

E guarde uma coisa: conflitos não são de todo negativos, eles têm também um aspecto positivo, mas tudo depende de como olhamos para eles, porém isso é tema para um outro artigo



 

                              

   

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