Internacional: A vida de Kim Phuc, anos depois desta imagem símbolo da guerra do Vietnã

No dia 8 de junho de 1972, aviões Skyraider do exército sul-vietnamita

Lançaram napalm (substância que causa queimaduras graves) na cidade de Trang BangMais. A foto mostra o cenário de desespero dos que sofreram suas consequências. Esta menina de 9 anos foi uma delas. 

Cinquenta anos depois - ©Fornecido por The Daily Digest

A foto de Phan Thi Kim Phuc tornou-se um símbolo da Guerra do Vietnã e marcou o século XX. Hoje, Phan Thi Kim Phuc, embora marcada pela tragédia, sorri para a vida.

"O Terror da Guerra" por Nick Ut - ©Fornecido por The Daily Digest

A fotografia, oficialmente intitulada de "O Terror da Guerra", foi tirada pelo fotógrafo da Associated Press, Nick Ut. Representa o drama causado pela violência indiscriminada de uma guerra que resultou na morte de mais de um milhão de civis.

Um trabalho muito importante -©Fornecido por The Daily Digest

Com a fotografia, Nick Ut não só ganhou o Prêmio Pulitzer, como também ajudou crianças afetadas a superarem as feridas e cicatrizes deixadas por aquela guerra cruel.

Memórias de Nick Ut - ©Fornecido por The Daily Digest 

Nick Ut ainda lembra como as crianças gritavam enquanto corriam: "Estou tão quente!", "Estou queimando!". Ele derramou água nos corpos delas para tentar aliviar suas queimaduras e depois levá-las a um hospital.

Funcionários do hospital ameaçam ajudar Kim- ©Fornecido por The Daily Digest

Em entrevista ao Toronto Star, Nick Ut (foto) disse que teve que ameaçar médicos do hospital para convencê-los a tratar Kim Phuc, já que alegavam não haver leitos. Ele disse que havia acabado de tirar a foto e que, se eles não os ajudassem, contaria à mídia o que havia acontecido.

"Parte da minha família" ©Fornecido por The Daily Digest

Kim e o fotógrafo ainda mantêm contato. Conforme publicado pelo Toronto Star, a vietnamita carinhosamente o chama de "Tio Ut". Ele, por sua vez, garante que Kim é como sua filha. "Considero o tio Ut meu herói... acho que devo muito a ele nesta vida", disse a própria Kim ao mesmo meio de comunicação. "É parte da minha família", acrescentou.

"Não gostei nada dessa foto"©Fornecido por The Daily 

Após aquele ataque em sua cidade, Kim ficou hospitalizada durante quatorze meses, devido às queimaduras. Já adulta, ela disse em entrevista à CNN: "Quando eu era criança, não gostei nada da foto. Ficava tão envergonhada. Por que eu tinha uma foto assim? Eu não queria ver".

Asilo no Canadá- ©Fornecido por The Daily Digest

Em 1992, depois de duas décadas do ocorrido, Kim recebeu asilo no Canadá. Lá ela formou sua própria família, longe das lembranças amargas que restaram de sua terra. À medida que amadurecia e se recuperava do trauma, começou a apreciar a famosa fotografia de Nick Ut.

Uma fonte de esperança

Kim Phuc entendeu que ela poderia ser uma fonte de esperança para outras pessoas que estavam passando ou passaram por uma situação semelhante. Porque ela não apenas sobreviveu como também prosperou.

Sua vida após a tragédia

Kim narrou a tragédia vivida em sua infância no livro 'Fire Road'. Ele também criou a Kim Foundation International, para ajudar crianças vítimas de guerra. Viajou pelo mundo para contar, em primeira pessoa, suas experiências, e falar sobre a importância do perdão.

Embaixadora da Boa Vontade da ONU -

©Fornecido por The Daily Digest

Em 1997, foi nomeada Embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas. Em maio de 2022, Kim e Nick Ut encontraram-se com o Papa Francisco e apresentaram-lhe uma cópia da foto histórica.

"Com o tempo, percebi que essa foto era um presente poderoso para mim", disse Kim à CNN. "Eu posso usá-la para trabalhar em nome da paz." Uma imagem que pode mudar o mundo

"Agora, posso olhar para trás e abraçar esta imagem. Sou muito grata por Ut ter captado aquele momento histórico e registrado o horror da guerra... Imagens como essas podem mudar o mundo."

Vitalmente importante

Para Ut, o trabalho do fotógrafo de guerra é algo vital. Atualmente, ele está aposentado, mas não duvida da importância das reportagens gráficas de seus colegas de profissão. “Documentar as atrocidades, hoje, é tão importante quanto era no Vietnã”, disse ele à CNN. "Agora, há muitas imagens do que está acontecendo no mundo. Elas têm o poder de contar a verdade", complementa.








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