Internacional: Embaixador Jonh Aquilina fala da importância do Brasil para Malta


Em 2025, Malta e Brasil celebram meio século de relações diplomáticas — um marco histórico que simboliza não apenas a longevidade, mas também a evolução contínua e promissora da parceria entre os dois países. Em entrevista especial, o embaixador de Malta no Brasil, John Aquilina, compartilhou reflexões sobre esse relacionamento, que cresce em importância nas esferas política, econômica, cultural e educacional.

Uma Conexão Visionária em Tempos de Distância

Quando os laços diplomáticos foram estabelecidos, há 50 anos, o mundo era muito diferente. A comunicação era lenta, feita por cartas ou telegramas, e a distância entre o pequeno arquipélago europeu e o vasto território brasileiro parecia um obstáculo quase intransponível. Ainda assim, Malta e Brasil encontraram, naquela época, um terreno comum: a vontade de construir uma relação baseada na cooperação e na visão de um mundo mais unido — uma ideia que ganhava força no pós-guerra, especialmente dentro das Nações Unidas.

Para o embaixador Aquilina, essa decisão foi fruto de uma mentalidade progressista. “Mesmo naquela época, já havia o desejo de unir as nações para o bem comum”, afirma. Essa mentalidade moldou uma trajetória diplomática que, mesmo com avanços lentos em algumas décadas, hoje se consolida com grande potencial.

Abertura da Embaixada de Malta no Brasil: Um Novo Capítulo

Apesar de os laços diplomáticos terem sido formalizados em 1975, a presença física de Malta no Brasil só se concretizou em 2022, com a abertura da embaixada em Brasília. O próprio John Aquilina tornou-se o primeiro embaixador residente de Malta na América Latina.

Segundo o embaixador, a inauguração da missão diplomática marcou um momento estratégico: “Naquele período, o Brasil exercia seu segundo mandato no Conselho de Segurança da ONU, e Malta se preparava para sua primeira participação. Estar fisicamente presente era essencial para estreitar laços.”

Malta vem ampliando sua presença global, com novas embaixadas em países como Gana, Etiópia, Japão, Catar, Emirados Árabes, Canadá e, claro, o Brasil. Essa expansão é parte de uma política externa que busca posicionar Malta como um ator relevante em questões internacionais, mesmo sendo um país de pequenas dimensões geográficas.

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