Na mediação, o brainstorming é mais do que uma técnica — é um convite à flexibilidade dos pensamentos. Ele nos lembra que, diante de um impasse, não existe uma única verdade ou caminho certo, mas várias possibilidades esperando para serem descobertas.
Quando abrimos
espaço para pensar sem julgamento, surgem ideias simples, porém
transformadoras. Um conflito doméstico sobre tarefas, por exemplo, pode se
resolver com um novo acordo divertido: “quem lavar os pratos escolhe o filme da
noite”. Uma divergência no trabalho pode se suavizar com a troca de horários ou
uma pausa para o café juntos.
Ser flexível é permitir que a mente respire — é trocar o “ou” pelo “e”, o “não dá” pelo “vamos tentar assim?”.
Afinal, muitas vezes a solução não está em quem tem razão, mas em quem se dispõe a criar formas de enxergar o mesmo problema. A flexibilidade dos pensamentos é essencial para romper padrões rígidos de comunicação e permitir que as partes reconheçam novas possibilidades de entendimento. Pequenos exemplos do cotidiano — como redefinir tarefas domésticas de modo lúdico ou ajustar rotinas de trabalho de forma cooperativa — ilustram como a abertura mental pode transformar impasses em acordos.
Mais do que buscar quem tem razão, o brainstorming propõe deslocar o foco para o “como resolver”. Ele convida mediadores e mediados a trocar o “não dá” pelo “como podemos fazer?”. Assim, o processo de mediação se torna não apenas um espaço de resolução de conflitos, mas também um exercício de aprendizado emocional e de construção coletiva de soluções.
Percebo, assim, que para fazer sentido nossa atuação nessa área, se faz necessário que também levemos esse conhecimento para além das fronteiras da atuação técnica como mediadores, mas o coloquemos em prática no nosso dia-a-dia.
Muitos falam
de técnicas, ferramentas, mas não a colocam em prática, o que torna sem efeito
o discurso. Alinhar pensamento, sentimento e ação nunca foi tão fundamental como nos dias
de hoje.
E se pudesse dar um conselho:" Pensem sobre isso,
gerem possibilidades e ampliem os horizontes da mente, pois as soluções estão aí, e às vezes é
só um véu que precisamos retirar para poder vislumbrá-las."
Gostou do texto? Compartilhe, deixe seu comentário e me siga também no Instagram no perfil @mbconexaoqueinspira
Por Marcia Barros
Postar um comentário